Olá
amigos. O ano novo começou com a divulgação de um trabalho super
interessante feito por pesquisadores franceses. Trata-se de uma
espuma injetável que poderá ser usada para recuperação de ossos
lesionados. Essa esponja é uma mistura de um cimento especial
conhecido como CPC que significa cimento de fosfato de cálcio com um
hidrogel de nome bem complicado (metilcelulose
hidroxipropil-sialinizada). A tecnologia dos CPCs teve sua primeira
aplicação em 1920 e desde então vem sendo utilizada em cirurgias
ortopédicas. Mas as técnicas tradicionais não são favoráveis
para o reestabelecimento dos tecidos mais frágeis, como as lesões
de osteoporose verificadas na terceira idade. Os CPCs tradicionais
utilizam microporos, o que não permite uma maior aeração, ou seja,
espaço para passagem de substâncias e nutrientes para todo o
tecido.
O
novo material, ao invés de utilizar microporos, utiliza macroporos,
ou seja, poros maiores que permitem maior aeração e oxigenação,
maior crescimento de células que irão produzir a matriz
extracelular óssea e, portanto, melhor recuperação do tecido
ósseo. Ainda mais, a grande vantagem surge da fácil manipulação
do material que, através de uma seringa, pode ser injetado na região
da lesão, sem necessidade de cirurgia, trazendo assim muito menos
desconforto ao paciente. Testes primários já foram realizados com
excelentes resultados. A espuma se mostrou biocompatível e
funcional, levando a formação de tecido ósseo no local da injeção.
Já imaginou no futuro, tratar as lesões ósseas com uma simples
injeção de uma espuma? Que 2016 venha com mais boas notícias
científicas! Um abraço biologicamente engenheirado!
Espuma
a olho nu (esquerda) e observada em microscópio eletrônico de
varredura (direita). Imagem obtida do link:
http://www.rsc.org/chemistryworld/2015/12/injectable-foam-biomaterial-bone-repair